25/07/2017

NOVE DIAS DE DESAPEGO - JOGO DO MINIMALISMO

Olá, pessoas! Como podem ver, sobrevivi a minha primeira semana de Jogo do Minimalismo! \o/


Este é o nono dia de jogo e voltei para contar como tem sido minha experiência.
A primeira semana foi relativamente tranquila. Descartei muito lixo, papeis rabiscados, notas de compras feitas há tempos, um guarda-chuva quebrado, chinelo sem tira, tubo com tinta seca... Essas coisas que não exigem muito esforço para mandar para fora da vida, sabe? Mas hoje... Hoje a coisa começou a mudar... Hoje foi embora o último item desse tipo (lixo) que eu tinha no meu quarto: uma planta morta. Pois é, sabe-se lá qual motivo me fez ficar meses com uma planta morta no quarto, mas hoje ela se foi. E ela foi o item número 1 do dia, o que significa que precisei caçar mais 8 itens para descartar.

A dificuldade de encontrar objetos facilmente descartáveis tornou o processo muito mais interessante, me obrigando a repensar a necessidade de manter alguns itens.

Agora sim, o jogo começou. Sentei-me no chão do quarto e olhei ao redor. Olhei, olhei, e olhei de novo até que me dei conta de que tenho muitos livros. Eu sempre gostei de ler, mas além disso, sempre gostei de ter livros. Prateleiras cheias deles, sobre todo tipo de assunto. Inclusive assuntos que não me interessam. Comecei a encontrar livros que nunca li, nem lembrava que estavam ali. Outros que comecei a ler, parei e não pretendo retomar a leitura. Livros que li, detestei e não sei por que um dia me obriguei a lê-los até o final! Vi também vários livros que li, gostei, extraí o que pude de suas páginas, mas tê-los pegando pó na prateleira não me traz alegria...

Por que guardo todos esses livros?? Honestamente, não sei responder a esta pergunta agora, mas sei que não os guardarei mais. Oito deles se foram hoje, para novas mãos, onde terão um uso muito melhor do que guardados no meu quarto.


Ao longo dessa semana, mais alguns partirão. Ficarão apenas aqueles que consulto com certa frequência, que releio trechos ou que sorrio só de ver a lombada na prateleira. E, antes que a pilha de livros para vender/doar acabe, já estou caçando o próximo alvo! ;] 



18/07/2017

JOGO DO MINIMALISMO

Já ouviu falar sobre o jogo do minimalismo?

Até um tempo atrás eu também não tinha ouvido, mas depois de assistir ao documentário Minimalism, comecei a me interessar mais ainda pelo estilo de vida minimalista e pesquisei sobre o assunto. Para quem não está familiarizado, de maneira resumida, o estilo de vida minimalista consiste em reavaliar suas prioridades para que possa se desfazer de coisas em excesso (posses, ideias, relacionamentos e atividades) que não trazem valor à sua vida. Um dos sites mais famosos sobre o assunto é o The Minimalists, mantido pelos rapazes responsáveis pelo documentário que citei acima, que em uma de suas publicações sugere o jogo do minimalismo para ajudar quem quer desapegar desse excesso de coisas que tendemos a acumular.

As regras são simples: Eles sugerem que encontremos um amigo ou familiar disposto a entrar nessa também para que possamos nos incentivar mutuamente, mas se você não conhece ninguém disposto a fazer isso, não há problema algum em fazer sozinho. Durante um mês, 30 dias, serão descartadas coisas diariamente. Você deve descartar um item no primeiro dia, dois itens no segundo dia, três itens no terceiro dia e assim por diante. No trigésimo dia você descartará trinta itens. Qualquer coisa pode ser descartada neste jogo. Roupas, mobília, eletrônicos, ferramentas, papéis de rascunho... qualquer coisa. Você pode doar, vender ou jogar fora, dependendo do que for e de seu estado. Seja lá qual for o destino que escolher para cada um dos itens, eles deverão estar fora da sua vida até o final de cada dia.

Devido ao meu crescente interesse em viver de maneira mais minimalista, consciente e mais focada em ser do que ter, resolvi jogar este jogo. Comecei ontem. Até agora, me livrei de três itens... nada doloroso... haha, mas imagino que o começo seja fácil mesmo, pois é agora que nos livramos do lixo, de objetos quebrados, roupas que não servem... Semana que vem o bicho começa a pegar e volto aqui pra contar como anda meu desempenho.

Anima a entrar no jogo também? Sim? Então vem! Haha

Compartilhe seu progresso comigo, assim nos incentivamos =]

19/02/2017

CONHECENDO SÃO PAULO: SOLAR DA MARQUESA DE SANTOS E CASA Nº1



Casa nº1, Beco do Pinto e Solar da Marquesa - Fotomontagem do Arquiteto Victor Hugo Mori


Você conhece sua cidade?

Há três semanas me dei conta de que, embora viva em São Paulo desde que nasci, conheço pouquíssimos lugares na cidade! Meu conhecimento de São Paulo se resume ao meu bairro, uns três parques, quatro museus, meia dúzia de shoppings e os lugares onde trabalhei (aqui, podemos incluir uns quatro dos seis shoppings que conheço). Fiquei indignada com tal constatação! Logo eu, que sonho conhecer o mundo todo, diversas culturas e etc, não conheço minha própria cidade!
Decidi mudar isso imediatamente e me propus a conhecer um lugar novo por semana.
Desde então, conheci o mosteiro de São Bento, o Memorial da Resistência e ontem fui conhecer o Solar da Marquesa de Santos e a Casa nº1, que ficam lado a lado.

Embora eu tenha ficado meio desanimada por não encontrar nada da Marquesa no solar da Marquesa (com exceção de uma banheira), foi um passeio bastante interessante. O solar é considerado o último exemplar residencial urbano do século XVIII da cidade. Infelizmente, somente as paredes de taipa de pilão, parte da fachada e a disposição de algumas salas do andar superior mantêm resquícios de como era o local na época em que a Marquesa de Santos morava lá. Desde 1880, já passaram pelo solar a Mitra Diocesana, que lá instalou o Palácio Episcopal, a The São Paulo Gaz Company, que nele instalou o seu escritório, a Prefeitura, que o tornou sede da Secretaria Municipal de Cultura e alguns de seus departamentos, como o DPH, e todos realizaram alterações na construção original do solar. Hoje, o Solar da Marquesa de Santos, abriga atividades museológicas e a sede do Museu da Cidade de São Paulo.

Ao lado do Solar da Marquesa está a casa nº1, agora também chamada de Casa da Imagem. A Casa nº1 é assim chamada pela numeração que recebeu na época de sua construção, na antiga Rua do Carmo. A Casa nº1 é um sobrado de 3 andares, erguido no século XIX sobre a antiga estrutura das fundações de taipa de pilão de um imóvel do século XVII. Assim como o Solar da Marquesa, o imóvel serviu de sede a diversas instituições públicas e privadas, que realizaram alterações na construção, mas ainda abriga características da construção original; os ambientes internos são lindos com seus pisos de ladrilho hidráulico ou assoalhado, escada de madeira com balaustrada e as pinturas nas paredes.
Entre os dois imóveis está o Beco do Pinto, que servia de passagem para o trânsito de pessoas e animais, ligando o Largo da Sé à várzea do rio Tamanduateí.

O mais legal nesse passeio é entrar nessas casas históricas, percorrer seus cômodos e imaginar como as pessoas viviam ali, como a Marquesa recebia seus convidados, os serviços domésticos sendo realizados nos andares de baixo onde também eram estocados os alimentos e outros produtos, as pessoas conduzindo animais pelo beco do pinto ou, ainda, serviçais carregando o lixo para descartar no Tamanduateí, os sons e os cheiros que as casas deviam ter, os ruídos que a cidade devia fazer... Quase uma viagem no tempo =D

Segundo andar do Solar da Marquesa de Santos
Vista da janela do segundo andar do Solar da Marquesa de Santos
Parede de Taipa no Segundo andar do Solar da Marquesa de Santos
Banheira no primeiro andar do Solar da Marquesa de Santos
Vista da entrada principal da Casa n.1
Pintura na parede interna da Casa n.1
Interior da Casa n.1
Interior da Casa n.1
Ladrilho hidráulico na entrada da Casa n.1
Porta de acesso ao Beco do Pinto com calçada original. Casa n.1
Beco do Pinto

 Todas as fotos foram tiradas por mim. Não use sem autorização ;]


O Solar da Marquesa e a Casa nº1 ficam na Rua Roberto Simonsen, 136, Sé, pertinho da estação Sé do metrô. Funciona de terça a domingo, das 9h às 17h e a entrada é gratuita.
Ambos abrigam exposições temporárias, então é bacana dar uma olhada na programação para saber o que está rolando por lá:
 

11/07/2016

TRANSCENDENDO



 Há alguns dias li em um blog (que não lembro qual, desculpem... minha memória é péssima para algumas coisas) sobre um desafio de 40 dias de meditação com mantras e gostei bastante da ideia. O desafio consiste em meditar durante 40 dias seguidos, recitando 108 vezes por meditação um mantra de sua escolha. Além de te ajudar a focar e se concentrar durante a meditação, a repetição do mantra te ajuda a vibrar nas faixas relacionadas ao mantra que escolheu e, foi justamente isso o que mais me interessou. Já medito há um tempo considerável, mas sem a devida frequência, e estou em um momento de busca por uma conexão maior comigo mesma, com minha própria essência, então, decidi substituir os mantras por afirmações que estejam alinhadas a essa minha atual busca.
Diariamente, acordo, faço um alongamento rápido, sento e faço esta meditação durante aproximadamente 25 minutos. A experiência tem sido bastante interessante e proveitosa. Costumo terminar as sessões de meditação com questionamentos, algumas respostas (que levam a novas perguntas, claro =P ) e diversas discussões internas a respeito de questões particulares que venho analisando, mas tudo isso de maneira muito tranquila, calma e clara.

Como algumas pessoas tem me perguntado sobre esta rotina de meditação, tentarei explicar um pouco melhor para quem quiser colocar em prática também =]
Vou escrever, assim, meio receita de bolo para facilitar a organização das informações, certo?

1.      A ESCOLHA DA AFIRMAÇÃO OU MANTRA

Em primeiro lugar, defina uma afirmação que corresponda ao seu atual momento, à sua busca pessoal. Sugiro uma afirmação mais aberta, que não imponha limites de datas ou algo do tipo. Se preferir, escolha um mantra, mas busque saber o que ele significa e qual a pronuncia correta (isso é muito importante!).

2.      ESCOLHA UM LOCAL PARA MEDITAR

Tendo escolhido sua afirmação ou mantra, escolha um lugar para meditar. É legal escolher um local tranquilo, onde se sinta bem e possa meditar sem ser interrompido. Lembre-se que você vai ficar sentado por um tempo considerável, então é bom estar confortável, mas não tão confortável que você possa dormir. Você pode se sentar em uma cadeira, em uma almofada, tudo depende do que é confortável para você. Eu costumo sentar na grama mesmo ou em uma esteira ou canga no chão e está tudo bem, mas sei de pessoas que consideram isso muito incômodo, então... Não existe uma regra, faça como for melhor para você.

3.      PREPARE-SE PARA A MEDITAÇÃO

Antes de começar, é legal dar uma alongada no corpo. Pode ser um alongamento rápido e simples, uma bela espreguiçada ou uma sessão de yoga (mais uma vez, vai do que você considera melhor para você =P ). Depois do alongamento, sente-se, procure soltar os ombros, pescoço, relaxe os músculos faciais (atenção especial para aquele lugarzinho entre as sobrancelhas, está sempre tensionado), inspire profundamente, expire lentamente algumas vezes e vá se acalmando.

4.      MEDITE

Fique em silêncio, apenas respirando, por alguns minutos. Neste momento é possível que comecem a surgir pensamentos dos mais variados. Tudo bem, é normal, você dificilmente vai parar de pensar. O negócio é não se apegar a esses pensamentos, deixe que venham e passem por você sem que se apegue a eles. Você já está meditando, e se quiser, pode ficar por aqui mesmo e prolongar esta etapa por quanto tempo desejar, mas como o post é sobre a meditação com afirmações ou mantras, vamos continuar o texto... haha

Agora, comece a entoar os mantras ou repetir as afirmações. A ideia aqui é que estes mantras e afirmações sejam repetidos 108 vezes.
Caso esteja se perguntando “por que 108 vezes?”, 108 é considerado um número sagrado por diversas razões matemáticas e metafísicas. Acredita-se que ao se completar o circuito de 108 repetições da oração, mentalização ou mantra, alcança-se um estágio superior na consciência chamado de transcendental, onde conseguimos ultrapassar as fixações da mente e modificar discretamente o ponto de aglutinação da nossa consciência, o que nos faria “enxergar” emanações que não enxergamos em nosso estado de consciência “natural” (ou talvez o que fomos ensinados a estar, mas enfim...).
Para tornar mais fácil a contagem desses mantras/afirmações, costumam usar um japamala, um cordão com 108 contas ou múltiplos deste número e uma a mais (meru) acompanhada de uma franja que marca o começo e o fim do ciclo de 108 contas/mantras/respirações. Você não é obrigado a usar um japamala para fazer este tipo de meditação, pode encontrar seus próprios meios de contagem, mas devo dizer que o cordão ajuda muito a manter o foco e a concentração em vez de ficar se perdendo em números. Você pode fazer seu próprio japamala ou comprar um (você encontra em lojas de artigos para yoga ou budismo, pode encomendar comigo também se quiser, em A Casa da Velha Garça  hahaha).









Bom... É isso.
Se você fez tudo isso, agora só faltam mais 39 dias... hahaha

Se surgirem dúvidas, novas descobertas, vontade de conversar... Manda mensagem! =D

Todas as fotos foram tiradas por mim. Não use sem autorização ;]